quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Religião

O Mercado da Fé
por Cláudia Santos

Candomblé, Espíritas e Católicos estão todos trabalhando e vivendo em perfeita sintonia e harmonia no Mercado Central de Belo Horizonte.Essa convivência esta ajudando a consolidar o sucesso de um dos melhores espaços de cultura, lazer e conveniência da cidade. O mercado central já virou um lugar de visita obrigatória para todos que procuram achar produtos dos mais variados e de várias partes do mundo. O mesmo acontece com os produtos de religiões. Podemos verificar em uma rápida volta pelos corredores do Mercado a vasta gama dessas mercadorias.

Lado a lado, convivem comerciantes que vendem produtos exotéricos, de candomblé, livros sobre espiritismo, santos barrocos produzidos por artesãos e também por outras formas de se cultuar a fé, a venda de produtos como os cd´s, tanto cristão como evangélicos.
Quanto à grande variedade de produtos de diversas religiosidades e crenças convivendo em um mesmo espaço, o presidente do Mercado Central, Senhor Macould Patrocínio, tem uma opinião bem clara, segundo ele mesmo diz:
“Com essa diversidade de culturas religiosas existentes aqui, conseguimos abrir espaço para todo mundo, sem discriminação alguma, independentemente da crença que cada pessoa tem.”
Ele acredita que essa mistura de mercadorias e crenças, juntamente com as missas católica, tudo dentro de um mesmo espaço, seja de fundamental importância para o sucesso do Mercado.
Com a correria do dia-a dia das grandes cidades, acaba por dificultar alguns hábitos cristãos até então realizados com muito mais facilidade aos domingos no mercado.
Muitos fiéis estão aproveitando as missas que são realizadas no domingo ás 7 horas da manhã no Mercado Central, para colocar sua religiosidade em dia.
Que cuida da capelinha de Nossa Senhora de Fátima, há 35 anos com muito amor e desvelo é o comerciante Heraldo e sua esposa, a manutenção é de responsabilidade do mercado, mas tudo corre como os conformes, para que todos possam assistir a sua missa de domingo, antes de fazerem as suas compras da semana.

Nada melhor que unir o útil ao agradável.
A capelinha surgiu quando o mercado era da prefeitura e naquela época, o administrador era muito católico e ele ganhou uma imagem grande de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal, quem lhe presenteou foi uma senhora que frequentava o mercado.
O administrador colocou esta imagem num pequeno local em sua loja e dai a diante, em todas as páscoas, as pessoas celebravam a missa diante dela, mas não tinha um lugar especifico, era nos corredores do mercado e ás 6 horas da manhã.
Com o tempo eles resolveram fazer a capela no estacionamento do mercado e lá ela esta até hoje, a pequena capela é registrada no vaticano, ela teve três ou quatro capelães que celebravam a missa, mas hoje, quem celebra a missa todos os domingos ás 7 horas da manhã é o Padre Elias Fortunato.

Os fieis da pequena capela são pessoas que moram perto do mercado e clientes que antes de fazerem suas compras, rezam como bons católicos que são, o espaço da capela é pequeno, mas como o estacionamento é grande, todos se ajeitam da melhor forma, são 200 pessoas que assistem a missa aos domingos e vale ressaltar que neste horário até as 8:30 o estacionamento é gratuito, fazendo que tudo fique mais fácil, para poder ficar mais próximo de deus e de sua religião.




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