quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Ser Mineiro


Ser mineiro é dormir no chão para não cair
da cama. Mineiro não dá ponto sem nó. Não
conversa, confabula. Não combina, conspira.
Não se vinga... Ser mineiro é dizer "uai", é ser
diferente, é ter marca registrada, é ter história
.
   Fernando Sabino



Cultura


A CULTURA DO MERCADO CENTRAL
por Heberte Menezes e Maria Miranda

Mercado Central foi fundado em 7 de setembro de 1929, e  tem muitas histórias para contar, misturando cultura, artesanato, comida,  e muito mais para atrair turistas de todos os cantos.
A cultura do Mercado Central está ligada à tradição, à culinária, à história. Para se viver a cultura do Mercado, tem que se vivenciar todas essas.
Um dos primeiros comércios a vir para o Mercado foi o de verduras e queijos, pois esses são típicos de Minas.
A história do Mercado começa com a vinda desde produtos. Quase todas as cidades do interior, há plantações de legumes e verduras e também fabricação de queijos, também seus artesanatos. Essas pessoas do interior vieram para Belo Horizonte e trouxeram a cultura de suas cidades para a Capital e para o Mercado para que todos pudessem conhecê-la.
Assim também acontecem com o artesanato, são peças feitas nas cidades de Minas e outras localidades do Brasil e do mundo, como é o caso do caminho de mesa vindo do Vietnã. As  panelas de pedra trazida  do interior mineiro, móveis feito de bambu, que lembra os orientais e conseqüentemente lembrarão sua cultura e acaba fazendo parte da cultura do Mercado.
A cultura do Mercado Central na realidade é a junção de várias culturas, de vários lugares que se transformam em uma só.
Através de produtos trazidos do interior de Minas, essa cultura de outras cidades, se tornam cultura do Mercado Central. Como é o caso das pimentas e ervas especiarias originárias da Índia,  que foram inseridas na culinária mineira. E que são encontrados facilmente nos corredores do Mercado.
Também há espaço para a cachaça mineira produto 100% nacional, industrializada ou artesanal que seduz a diversos consumidores tanto aqui no Brasil quanto no exterior. A nossa cachaça tornou-se produto de exportação.  Além do feijão tropeiro que é um excelente tira gosto e tem sua historia desde a época dos tropeiros e hoje é muito conhecido dentro do Mercado Central, e assim sua história pode ser contada. Em resumo todas as culturas que hoje estão dentro do Mercado Central, acabam por fazer parte da cultura do nosso Estado e do próprio Mercado.





Caderno de Gastronomia


Típica comida mineira
por Fernando de Oliveira

Renda-se às delícias do grande mercado de Minas gerais, do grande mercado de Belo Horizonte, e comprove por conta própria o que o povo mineiro tem de melhor, a sua comida. Comece pelo Mercado Central de BH, porta de entrada para o que há de melhor no estado sobre o ramo. Andando por seus corredores e dependências, como se desfrutasse de um labirinto de delícias irá encontrar todos os tipos alimentos e guloseimas que fazem a alegria de qualquer pessoa e preocupação também, com os kilos a mais que poderão chegar, mas esse não vai ser o problema é só caprichar nas dietas e exercícios após a visita.
O aventureiro que adentrar seus corredores vai encontrar todos os tipos de legumes, hortaliças, cereais, laticínios, doces caseiros e guloseimas de todos os cantos do estado de Minas e também do mundo, como por exemplo, especiarias da Ásia e do Oriente só encontradas no mercado.
Após encher o carrinho de compras com produtos, pare para degustar os melhores tira-gostos em seus botecos e bares e também se sirva nos melhores restaurantes caseiros de BH, onde pratos maravilhosos da culinária mineira são servidos diariamente, como o famoso e tradicional Leitão a Pururuca, humm! Vai perder? O Mercado Central de Belo Horizonte fica na Av. Augusto de Lima nº 744 Centro BH-MG.






quinta-feira, 25 de novembro de 2010

História

O nascimento do Mercado Central de Belo Horizonte
por Isabella Magalhães e Renato carvalho

Quando BH era uma jovem cidade de 31 anos, um prefeito empreendedor resolveu reunir num só local os produtos destinados ao abastecimento de seus 47.000 habitantes. Nessa época havia duas feiras, a feira da Praça da Estação e a feira da Praça Rio Branco - conhecida hoje também como Praça da Rodoviária. Assim Cristiano Machado inaugurou em 7 de setembro de 1929 o Mercado Central de Belo Horizonte.
Criado com o nome de Mercado Municipal de BH, ali havia uma intensa atividade e um movimento alegre que funcionou até 1964. Foi quando o então prefeito, Jorge Carone, resolveu vender o terreno alegando impossibilidade de administrar a feira.
Para impedir o fechamento do mercado, os comerciantes do local se organizaram. Liderados pelo Dico, como era conhecido Raimundo Pereira Lima, criaram uma cooperativa e compraram imóvel da prefeitura.
Foi então que os irmãos Osvaldo, Vicente e Milton de Araújo, fundadores do Banco Mercantil do Brasil, acreditaram no empreendimento e investiram no projeto. Foram contratadas quatro construtoras, cada uma responsável por uma lateral. Ao fim de 15 dias, os 14.000 m² de terreno estavam totalmente fechados. Os associados, com seu empreendedorismo e entusiasmo, viam seu esforço recompensado.
De lá pra cá o Mercado Central mudou muito e pra melhor, comemorando em 2010 seus 81 anos. Segundo a administração apesar da idade, o local mantém o fôlego e o charme de um “garotão” e é conhecido por sua pluralidade e infinidade de produtos.
Aquilo que começou como o sonho de um prefeito em 1929, hoje é o coração da cidade. Um dos pontos de encontro mais tradicionais de Belo Horizonte, o Mercado Central é parada obrigatória para quem quer conhecer a capital mineira.






Tradições


Riqueza de sabores
por Kelly Brígida e Wilma Soares


É a cerveja gelada no balcão, um abacaxi oferecido pelo freguês, o colorido das pimentas, o saboroso jiló em meio a bifes e o famoso queijo Minas. Essas são algumas das tradições mineiras encontradas no Mercado Central de Belo Horizonte. Tradições vivas, que refletem na identidade da capital, e contribui para que a memória do Mercado não se perca.
Com tantas riquezas e diversidades, o Mercado já virou ponto turístico para quem vem visitar a cidade, e também, para os próprios belo-horizontinos, que utilizam o local para promover eventos de integração social. Além de degustar os famosos pratos que ficaram conhecidos por todos os freqüentadores, não poderia deixar de mencionar o Festival da Cachaça do Mercado Central. O ultimo festival aconteceu em agosto deste ano e atraiu público de todo os lugares do país. Foram mais de 35 marcas de aguardentes participantes.

O Mercado também abriga diversos bares e, entre eles, está o Bar da Lora, vencedor do Comida di Buteco 2010 com o prato “Pura garra da lora”, um garrão com molho de Malzbier acompanhado com purê de mandioca, queijo, jiló na chapa e lingüiça. É aos sábados e domingos, o mercado vira ponto de encontro de “butequeiros”. Não estranhe o fato de todos ficarem de pé nos corredores do mercado. Isto também faz parte da tradição.

 A tradição do Mercado é um fator importante na economia, na cultura e na representatividade no turismo local. Confira abaixo uns dos pratos tradicionais e mais experimentados no Mercado.

Fígado acebolado com jiló
1/4 de xícara de óleo
500 g de fígado de boi cortado em iscas
3 dentes de alho picados
1 cebola cortada em rodelas finas
200 g de jiló descascado e cortados em rodelas bem finas
molho inglês
sal
molho de pimenta
salsinha picada
Modo de preparo:
Frite o fígado no óleo, antes de dourar coloque o alho, a cebola e o jiló e deixe fritar por uns 3 minutos, coloque o sal, o molho de pimenta, o molho inglês e deixe no fogo baixo mais uns 5 minutos, coloque a salsinha e sirva.






Religião

O Mercado da Fé
por Cláudia Santos

Candomblé, Espíritas e Católicos estão todos trabalhando e vivendo em perfeita sintonia e harmonia no Mercado Central de Belo Horizonte.Essa convivência esta ajudando a consolidar o sucesso de um dos melhores espaços de cultura, lazer e conveniência da cidade. O mercado central já virou um lugar de visita obrigatória para todos que procuram achar produtos dos mais variados e de várias partes do mundo. O mesmo acontece com os produtos de religiões. Podemos verificar em uma rápida volta pelos corredores do Mercado a vasta gama dessas mercadorias.

Lado a lado, convivem comerciantes que vendem produtos exotéricos, de candomblé, livros sobre espiritismo, santos barrocos produzidos por artesãos e também por outras formas de se cultuar a fé, a venda de produtos como os cd´s, tanto cristão como evangélicos.
Quanto à grande variedade de produtos de diversas religiosidades e crenças convivendo em um mesmo espaço, o presidente do Mercado Central, Senhor Macould Patrocínio, tem uma opinião bem clara, segundo ele mesmo diz:
“Com essa diversidade de culturas religiosas existentes aqui, conseguimos abrir espaço para todo mundo, sem discriminação alguma, independentemente da crença que cada pessoa tem.”
Ele acredita que essa mistura de mercadorias e crenças, juntamente com as missas católica, tudo dentro de um mesmo espaço, seja de fundamental importância para o sucesso do Mercado.
Com a correria do dia-a dia das grandes cidades, acaba por dificultar alguns hábitos cristãos até então realizados com muito mais facilidade aos domingos no mercado.
Muitos fiéis estão aproveitando as missas que são realizadas no domingo ás 7 horas da manhã no Mercado Central, para colocar sua religiosidade em dia.
Que cuida da capelinha de Nossa Senhora de Fátima, há 35 anos com muito amor e desvelo é o comerciante Heraldo e sua esposa, a manutenção é de responsabilidade do mercado, mas tudo corre como os conformes, para que todos possam assistir a sua missa de domingo, antes de fazerem as suas compras da semana.

Nada melhor que unir o útil ao agradável.
A capelinha surgiu quando o mercado era da prefeitura e naquela época, o administrador era muito católico e ele ganhou uma imagem grande de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal, quem lhe presenteou foi uma senhora que frequentava o mercado.
O administrador colocou esta imagem num pequeno local em sua loja e dai a diante, em todas as páscoas, as pessoas celebravam a missa diante dela, mas não tinha um lugar especifico, era nos corredores do mercado e ás 6 horas da manhã.
Com o tempo eles resolveram fazer a capela no estacionamento do mercado e lá ela esta até hoje, a pequena capela é registrada no vaticano, ela teve três ou quatro capelães que celebravam a missa, mas hoje, quem celebra a missa todos os domingos ás 7 horas da manhã é o Padre Elias Fortunato.

Os fieis da pequena capela são pessoas que moram perto do mercado e clientes que antes de fazerem suas compras, rezam como bons católicos que são, o espaço da capela é pequeno, mas como o estacionamento é grande, todos se ajeitam da melhor forma, são 200 pessoas que assistem a missa aos domingos e vale ressaltar que neste horário até as 8:30 o estacionamento é gratuito, fazendo que tudo fique mais fácil, para poder ficar mais próximo de deus e de sua religião.




Artesanato

Artesanato no Mercado central é tradição
por Samara Miranda e Samila Miranda

Flores,Palha,bambu e tecido,esses diversos materiais são encontrados no mercado central de Belo Horizonte e são eles que compõem a maioria do artesanato, materiais muitas vezes vindos  do Vietnã, alguns do ceára,da Bahia e muitos mineiros. O mercado é conhecido principalmente pelo artesanato, e pelo tempo que as lojas estão no local são mais de 30 com diversos produtos.

Dentre essa tradição há comerciantes que estão em sua lojas há mais de 36 anos,um exemplo que temos é de Geraldo Antônio Andrade proprietário da Andrade artesanato desde 1979, ele conta que os  produtos de sua loja são bem diversificados, ele vende de tudo que envolve artesanato, chapéus ,caixinhas,cestas,bonecas de pano e bijuterias feitas a mão. Geraldo ainda ressalta que na sua loja vem cliente de todo o canto, muitos são estrangeiros e há uma remessa imensa  de produtos vendidos por dia”são 126 modelos de artesanato na minha loja,” afirma Geraldo Andrade.Além da loja de Geraldo há também uma rede de lojas a Bruguinaria Duarte. 

De acordo com a funcionária Maria Aparecida as lojas estão a 15 anos no mercado, trabalham com flores desidratadas, e secas para decoração, a funcionária conta que cada loja é especifica em um tipo de material “ a Loja de frente é mais voltada para a madeira,o vime, cipó bambu, junco e palha  que são materiais utilizados para confecção de chapéus,cestos,redes e balaios,afirma Maria.
    
O artesanato é bem visível no mercado há um corredor específico só com esse segmento. Há muita diversidade de materiais, uma loja diferente  é a Mestribuda capoeira e Artes Brasileiras. Segundo o funcionário Giovan Anísio Teodoro há mais de 30 anos a loja está no mercado “mas nosso material é diferente trabalhamos mais com capoeira, no entanto vendemos instrumentos de percussão,tambores,e berimbaus, a produção é própria,” afirma giovan. A loja Belô nordeste confecciona Bordados ela está no mercado há 14 anos é mais novinha de todas mas a coisa interessante pra se contar dela.

Segundo o funcionário Igor Daniel a loja tem a tradição de mecher com o artesanato nordestino, ao todo são seis estados que eles trabalham”98% do artesanato é feito a mão,” afirma Igor Daniel, ele conta também que na loja tem seis funcionárias e muita clientela.